QUEM NÃO PODE FAZER CIRURGIA PLÁSTICA?

Saiba quem não pode fazer cirurgia plástica e como diferentes condições de saúde influenciam na opção por esse tratamento estético

As contraindicações são fundamentais no planejamento de qualquer tratamento. Sendo assim, conhecê-las é fundamental para decidir por uma intervenção do tipo.

Tais contraindicações da cirurgia plástica podem ser temporárias ou definitivas, de acordo com o quadro do paciente.

Nesse contexto, a avaliação especializada é fundamental para saber quando a cirurgia plástica é uma opção viável ou quando apresenta riscos que excedem os benefícios esperados. Saiba mais a seguir!

QUEM NÃO PODE FAZER CIRURGIA PLÁSTICA?

Normalmente, quem não pode fazer cirurgia plástica são pessoas acometidas por alguma condição de saúde, temporária ou permanente, que eleva o risco do tratamento.

Abaixo, listamos 9 condições que contraindicam a realização da cirurgia plástica, independentemente do gênero e idade do paciente.

Coagulação sanguínea insuficiente

Um dos principais exames solicitados no pré-operatório da cirurgia plástica é o de coagulação, pois alterações resultam em chances aumentadas de quadros hemorrágicos durante uma intervenção cirúrgica.

Algumas condições associadas a alterações da coagulação, como déficit de vitamina K ou trombocitopenia (níveis baixos de plaquetas) podem ser revertidas com auxílio médico especializado e, conforme o paciente se recupere, a cirurgia plástica torna-se novamente uma opção viável.

No entanto, quadros como hemofilia e Doença de von Willebrand são crônicas, contraindicando permanentemente intervenções desse tipo.

Doenças crônicas sem controle

A existência de doenças crônicas em si não impede a realização da cirurgia plástica, mas se elas estiverem sem controle, sim.

Entre os casos de pacientes que não podem fazer uma cirurgia plástica momentaneamente estão os de quadros de hipertensão, diabetes ou doenças respiratórias, como asma, sem controle.

Quando a patologia for controlada por terapias diversas, como medicamentos específicos, de forma que a cirurgia plástica não apresente riscos aumentados, o tratamento pode ser realizado.

Quadros infecciosos ativos

Qualquer tipo de infecção, mesmo condições simples como sinusite, foliculite, garganta, infecção urinária e outras contraindicam, momentaneamente, a realização da cirurgia plástica.

Mesmo simples, essas condições podem levar a uma infecção generalizada no pós-operatório, pois a intervenção cirúrgica compromete a imunidade do paciente.

Dessa forma, qualquer alteração nos dias que antecedem a cirurgia plástica, como febre, dores de garganta, pústulas etc. devem ser avisadas à equipe médica.

Doenças cardiovasculares

Ilustração sobre o sistema pulmonar e como age uma doença cardiovascular em quem não pode fazer cirurgia plástica

Pacientes com condições cardíacas graves também não são bons candidatos à realização da cirurgia plástica.

Nesses casos, há chances aumentadas de uma parada cardíaca durante a cirurgia e óbito do paciente em uma situação que, sem essa condição preexistente, apresentaria riscos mínimos.

No pré-operatório, o paciente deve avisar o cirurgião plástico de qualquer alteração preexistente e também é solicitado um eletrocardiograma para investigações mais detalhadas.

Demanda avaliação especializada condições como arritmia cardíaca, infarto prévio, insuficiência cardíaca, pericardite, doenças das válvulas cardíacas e outras.

Doenças autoimunes

As doenças autoimunes são causadas por uma alteração do sistema imunológico que ataca células saudáveis do organismo.

Devido a essa característica, a realização de uma cirurgia plástica pode ser crítica para esses pacientes com alterações imunológicas, levando ao agravamento da condição prévia e complicações no pós-operatório.

Entre as condições incluem-se lúpus, artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto, anemia hemolítica, Síndrome de Sjögren, esclerose múltipla e outras.

Tendência à trombose

A trombose consiste em um excesso de coagulação que aumenta a tendência do paciente à formação de coágulos que obstruem os vasos sanguíneos.

Diversas cirurgias plásticas têm a trombose como complicação possível, como a abdominoplastia e a lipoaspiração, que demandam cuidados especiais no pós-operatório, como o uso de cintas e caminhadas leves.

Dessa forma, essas intervenções cirúrgicas podem consistir em um risco demasiado a esses pacientes, contraindicando sua realização em casos eletivos.

Obesidade

Algumas cirurgias plásticas, como a lipoaspiração, são erroneamente consideradas como solução para o sobrepeso ou obesidade.

Nenhuma cirurgia plástica ajuda no emagrecimento e, normalmente, o perfil de quem não pode fazer cirurgia plástica inclui pessoas obesas ou com sobrepeso.

Esses quadros aumentam as chances de complicações pós-operatórias, sendo recomendado que o paciente faça um tratamento para redução e controle do peso antes de se submeter à cirurgia plástica.

Câncer

Os tratamentos oncológicos, independentemente do tipo de câncer, caracterizam-se por ser muito invasivos, como a quimioterapia e a radioterapia, comprometendo o sistema imunológico do paciente.

Devido a esse fator, a cirurgia plástica é, geralmente, contraindicada, por apresentar riscos aumentados de infecções no pós-operatório e demora na recuperação.

Trata-se de uma exceção a colocação da prótese de silicone em mulheres durante a mastectomia para retirada do tumor no caso de câncer de mama. Nos casos de câncer de pele, a cirurgia plástica também pode ser concomitante ao tratamento oncológico.

Transtornos psicológicos

Pacientes com transtornos psicológicos, especialmente relacionados à aparência física, não são bons candidatos à cirurgia plástica, a menos que a condição esteja controlada e haja uma avaliação psiquiátrica conjunta.

Alguns exemplos incluem Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), bulimia, anorexia e outros.

Os pacientes com transtornos psicológicos, geralmente, não mantêm expectativas realistas em relação à cirurgia plástica, o que dificulta a realização do procedimento.

Se você se encaixa no perfil de quem não pode fazer cirurgia plástica, mas tem interesse no tratamento, a recomendação é passar por uma avaliação com um cirurgião plástico de confiança para entender a viabilidade de tratamentos menos invasivos que sejam seguros.

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