A opção pela cirurgia plástica em conjunto pode entregar resultados mais satisfatórios, mas indicação depende de avaliação especializada

Realizar a cirurgia plástica em conjunto é uma opção para quando o paciente almeja resultados que não podem ser entregues com um único procedimento.

A associação de cirurgias plásticas pode ocorrer devido a aspectos funcionais ou estéticos.

Um exemplo é a associação da rinoplastia e da septoplastia (correção de desvio de septo), viabilizando um resultado estético satisfatório, mas também funcional.

A seguir entenda quando a cirurgia plástica em conjunto é uma opção e quais os cuidados adicionais que essa abordagem demanda.

CIRURGIA PLÁSTICA EM CONJUNTO: QUANDO É POSSÍVEL?

A cirurgia plástica em conjunto caracteriza-se pela execução de dois procedimentos na mesma intervenção cirúrgica. Algumas das opções mais comuns incluem:

• rinoplastia com septoplastia;
• blefaroplastia com lifting facial;
• abdominoplastia com lipoaspiração;
• mamoplastia com lipoaspiração;
• mastopexia com mamoplastia de aumento;
• lipoaspiração, abdominoplastia e mamoplastia.

Esses são alguns exemplos de como as cirurgias plásticas podem ser associadas. Para que a recomendação seja possível é determinante considerar as especificidades desse tipo de tratamento, como:

• tempo de cirurgia: a opção pela cirurgia plástica em conjunto aumenta o tempo de execução do procedimento, mas é fundamental que o tempo de anestesia não extrapole entre 6 e 8 horas;
• perda de sangue: a associação implica uma perda de sangue maior, devendo ser verificado se ela não será em excesso, o que compromete a segurança do tratamento e a evolução no pós-operatório;
• posição: o posicionamento do paciente para realização e recuperação do procedimento não deve ser incompatível entre as técnicas cirúrgicas, o que inviabiliza a associação.

Portanto, em geral, a associação de cirurgias plásticas é possível quando esses critérios são atendidos.

Apesar de a realização em conjunto ser uma possibilidade, é fundamental que haja a avaliação médica especializada. Entenda mais do passo a passo a seguir.

QUAIS AS RECOMENDAÇÕES PARA ASSOCIAR CIRURGIAS PLÁSTICAS?

Para fazer a cirurgia plástica em conjunto é necessário que o cirurgião plástico responsável pelo caso avalie que essa opção é segura e vai entregar os resultados estéticos almejados, promovendo mais benefícios do que riscos ao paciente.

Pré-operatório

Um dos benefícios de associar cirurgias plásticas é se submeter a um único pré-operatório, entretanto, dada a maior complexidade do tratamento algumas questões são ponderadas pelo especialista nesse momento, como:

• expectativas: é fundamental que as expectativas do paciente em relação aos resultados de ambas as técnicas sejam realistas. Caso contrário, o especialista pode contraindicar a realização da cirurgia associada devido essa distorção que compromete a satisfação com os resultados finais;
• idade: em geral, a associação de cirurgias plásticas é possível a partir dos 18 anos, mas em pacientes da terceira idade, ou seja, a partir de 60 anos, a opção é contraindicada devido aos riscos aumentados durante e depois do tratamento;
• quadro de saúde: a cirurgia plástica pode ser liberada em pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, que estejam sob controle. Entretanto, para associar técnicas é fundamental que o paciente desfrute de um bom estado de saúde, minimizando as chances de complicações. Podem ser solicitados exames adicionais nesses casos.

Para realização da cirurgia plástica em conjunto, a etapa pré-operatória torna-se ainda mais importante, pois influencia diretamente a segurança do tratamento.

Mesmo com essas questões sendo consideradas, sempre é preciso avaliar a técnica cirúrgica específica. Por exemplo, a rinosseptoplastia (rinoplastia + septoplastia) tem menos contraindicações do que uma associação entre lipoaspiração, mamoplastia e abdominoplastia.

Para pacientes da terceira idade que desejam, por exemplo, eliminação da flacidez abdominal e também dos depósitos de gordura, a recomendação especializada pode ser por fazer as técnicas com um pequeno intervalo para recuperação.

Pós-operatório

Para fazer cirurgias plásticas em conjunto também será necessário atentar-se aos cuidados no pós-operatório para planejar corretamente essa fase.

Pacientes que fazem cirurgias em conjunto tem uma recuperação mais lenta, o que é normal devido ao maior trauma cirúrgico. Portanto, será preciso planejar o maior tempo de afastamento das atividades, até mesmo as cotidianas.

Devido ao maior tempo de recuperação, os cuidados pós-operatórios também terão que ser mantidos na rotina por mais tempo, como repouso, alimentação balanceada, evitar o tabaco, evitar a exposição solar e outras.

Com os cuidados apropriados no pós-operatório, o paciente poderá ter os resultados dos procedimentos associados mesmo passando por uma única cirurgia, que consiste no principal benefício desta opção.

Além disso, é possível economizar financeiramente, pois demanda apenas um pré-operatório e internação.

Apesar das vantagens da opção pela cirurgia plástica em conjunto, apenas um cirurgião plástico poderá avaliar se essa opção é a mais recomendada, considerando as especificidades do caso, especialmente a segurança do paciente.