Ao identificar pinta ou câncer de pele é possível buscar ajuda médica precoce e assim prevenir e diagnosticar a neoplasia. Conheça as diferenças
Saber diferenciar pinta ou câncer de pele é fundamental para buscar avaliação especializada precocemente, o que vai influenciar nas chances de sucesso do tratamento em caso de confirmação da neoplasia.
Ter pintas é normal. Elas são pequenas lesões benignas na pele, também chamadas de nevos, e ocorrem devido à concentração de melanócitos – responsável pela produção de melanina – na derme.
É sim possível diferenciar pinta ou câncer de pele, mas para tal é preciso entender as características da neoplasia e pontos de distinção.
O que é o câncer de pele?
Anualmente, são diagnosticados mais de 180 mil casos de câncer de pele no Brasil, incluindo melanoma, mais perigoso, mas com baixa incidência, e o não-melanoma, que é mais comum, mas apresenta melhores chances de sucesso no tratamento.
O câncer de pele consiste na proliferação anormal e descontrolada de células dérmicas, que crescem até resultar em uma malignidade.
São mais propensas ao câncer de pele pessoas com histórico da neoplasia na família, pessoas de pele clara, pessoas com exposição demasiada ao sol sem proteção e pessoas com mais de 100 nevos corporais.
Pinta ou câncer de pele: como diferenciar?
Para diferenciar pinta ou câncer de pele, uma opção é usar a regra ABCDE para monitorar os nevos corporais, pois, em geral, a neoplasia acomete pintas pré-existentes.
Ao longo da vida, as pintas não devem apresentar alterações significativas, sendo esse um meio de avaliar possíveis malignidades. A regra ABCDE consiste nos seguintes parâmetros:
- assimetria: quando a pinta apresenta formato irregular, com as metades com características distintas pode ser um indício de malignidade que demanda avaliar especializada;
- bordas: nevos que apresentam bordas irregulares são mais propensas à malignidade, o que exige atenção;
- cor: os nevos devem apresentar coloração uniforme e quando apresentam mais de um tonalidade devem ser investigados;
- dimensão: quando os nevos têm mais de 6 milímetros de diâmetro é necessária avaliação médica, pois pintas benignas são menores;
- evolução: consiste em quando o nevo apresenta alterações significativas em relação ao tamanho, cor ou formato, o que pode ocorrer repentinamente ou progressivamente, mas em ambos os casos exige avaliação dermatológica.
O recomendado para diferenciar pinta ou câncer de pele é que haja um acompanhamento periódico dos nevos corporais e devida investigação caso haja alguma alteração.
Esse monitoramento pode ser realizado pelo próprio paciente em casa e será ainda mais importante para grupos de risco.
O diagnóstico preciso, por sua vez, demanda investigação do dermatologista que vai avaliar as características do sinal e pode solicitar uma biópsia para classificar como pinta ou câncer de pele.
Mesmo que haja a confirmação do câncer de pele, existem diferentes tipos de ocorrências que variam em gravidade, como melanoma, carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide.
Em todos os casos, o diagnóstico precoce é um importante aliado nas chances de efetividade do tratamento.
Quando remover uma pinta?
A remoção de pintas pode ocorrer por motivações estéticas, sendo que nesses casos, o especialista vai informar o paciente quanto a indicações, uma vez que o nevo será substituído por uma pequena cicatriz.
Entretanto, também há casos nos quais as pintas devem ser removidas devido ao risco de malignidade ou quando se confirma que se trata de um tumor maligno.
Os critérios do método ABCDE devem ser observados, de forma que a remoção é indicada caso o nevo apresente alguma das alterações listadas.
Também pode ser recomendada a remoção da pinta quando ela causar desconfortos físicos que não deveriam ocorrer, como: coceira, sangramento, inflamação ou manchas no entorno.
Nesses casos, a avaliação especializada também é indicada para monitorar as chances de malignidade e, se necessário, fazer a remoção precoce da pinta.
A atenção aos sinais da pele e identificação de nevos suspeitos pode viabilizar a remoção de lesões pré-cancerígenas, que são pintas com maiores chances de evoluir para um câncer de pele posteriormente ou que já apresentam malignidade em estágio inicial.
Um exemplo de lesões pré-cancerígenas é a queratose actínica, uma lesão na pele mais comum entre os idosos e que se caracteriza por uma mancha escamosa e áspera na pele em decorrência da exposição solar sem proteção.
Portanto, sinais suspeitos podem ser removidos ou monitorados para evitar a neoplasia, o que torna ainda mais importante saber reconhecê-los e diferenciar pintas ou câncer de pele.